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Bar versus academia - o dilema

Qual o melhor dos dois? Para resolver esse grande empasse, pesquisadores tiveram de frequentar os dois locais (bar e academia) por uma semana. Vejam o resultado:

• Vantagem numérica

Há muito mais bares que academias; logo, o desgaste para topar com uma por aí é muito maior.
1X0 pro bar.


• Ambiente

No bar, todo mundo está alegre. É o lugar onde a dureza do dia-a-dia amolece com o primeiro gole de cerveja. Na academia, todo mundo fica suando, carregando peso, bufando, fazendo cara feia.
2X0.

• Amizade simples e sincera

No bar, ninguém fica reparando se você está usando o tênis da moda. Os companheiros de copo só reparam se o seu está cheio ou vazio.
3X0.


• Conhecer gente nova

Você já fez amizade com alguém tomando Gatorade?
 4X0.


• Compaixão

Você já ganhou alguma saideira na academia? Alguém já te deu uma semana de ginástica de graça?
5X0.


• Liberdade

Você pode falar palavrão na academia?
6X0.


• Saúde

Você já viu um barista (frequentador de bar) reclamando de dores musculares, joelho bichado, tendinite?
7X0.


• Saudosismo

Alguém já tocou sua música romântica preferida na academia?
8X0.


• Emoção

Onde você comemora a vitória do seu time? No bar ou na academia?
9X0.


• Memória

Você já fez alguma coisa na academia digna de contar a seus netos?
10X0.


• Higiene

Foi comprovado que, se você beber mais de 1 litro de água por dia no período de 1 ano, você terá ingerido um quilograma de coliformes fecais, ou seja, 1 quilo de merda. Já bebendo cerveja, você não corre esse risco, visto que o álcool mata esses coliformes.

Chegamos à conclusão, então, que é muito melhor tomar cerveja e falar merda do que tomar merda e não falar nada!

Isso vale para aquele seu amigo fresco que vive com aquela garrafinha azul básica se achando “o saudável”.

11X0 pro bar!


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Tudo pelos relacionamentos


Os ateus não acreditam em Deus, certo? Errado. Deus é muito diferente do que dizem que Ele é. Ser ateu, portanto, não é, necessariamente, desacreditar em Deus, mas desacreditar no que a religião prega (as mentiras do vídeo da postagem anterior).

O ateísmo, extremo oposto da religião, pode ser pior ou melhor que ela, variando de pessoa para pessoa. Cada um deveria, de acordo com suas concepções, escolher a melhor forma de amar ao próximo: com ou sem a religião (ou de alguma outra forma existente). Digo isso porque


Devemos aproveitar ao máximo nossa vida para nos relacionar.

Como já expliquei, isso é estar no centro da vontade de Deus. A religião, portanto, deve ser mais um meio para nos relacionarmos, e não para nos impedir disso. Quando ela passa a inibir, foge completamente da vontade de Deus e, quando os favorece, passa a ser plenamente santa, mesmo com seus pensamentos malucos. É o que mostra o esquema abaixo.


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Um homem também chora (guerreiro menino)

Resolvi postar esse verdadeiro poema do Gonzaguinha que não sai de minha cabeça há mais de duas semanas. Para ver o vídeo da música, clique aqui.

Um homem também chora, menina morena.
Também deseja colo, palavras amenas.
Precisa de carinho, precisa de ternura.
Precisa de um abraço da própria candura.

Guerreiros são pessoas tão fortes, tão frágeis.
Guerreiros são meninos no fundo do peito.
Precisam de um descanso, precisam de um remanso.
Precisam de um sono que os tornem refeitos.

É triste ver meu homem, guerreiro menino,
com a barra do seu tempo por sobre seus ombros.
Eu vejo que ele berra, eu vejo que ele sangra
a dor que tem no peito, pois ama e ama.

Um homem se humilha, se castram seu sonho.
Seu sonho é sua vida, e vida é trabalho.
E, sem o seu trabalho, o homem não tem honra.
E, sem a sua honra, se morre, se mata!
Não dá pra ser feliz, não dá pra ser feliz...


Um homem também chora (guerreiro menino) - Gonzaguinha
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Nick Drake


Lá vou eu de novo falar de um artista pouco conhecido. Mesmo assim, fico satisfeito em mostrar novo e bom som para grande parte dos (poucos) leitores.

Comecemos abrindo um parêntese para seu estilo: o folk. É diferente da maioria dos outros. Como disse Bono Vox, o pop lhe dá um conformismo com o mundo e o rock abre uma discussão sobre ele. Já o folk é como uma reflexão, que serve para a valorização das pequenas coisas, como natureza e pessoas, que geralmente passam despercebidas na nossa correria. Indico um vídeo que, por meio das imagens, mostra quase que com perfeição tudo isso. Vejam-no aqui.

Pois é, e Nick Drake incorporou quase perfeitamente esse estilo. Nem Peter, Paul e Mary, em sua imagem dita essencial para o folk, conseguiram representá-lo tão bem. Eles tinham um visual bastante característico, mas eram muito superficiais. Já Nick compunha com a alma: suas letras e seu ritmo eram muito profundos.

Ele era uma pessoa muito calada. Foi difícil descobrir o que se passava em sua mente. Fazia música com uma verdadeira sensualidade - muito diferente da música folk inglesa. John Cale, que tocou piano e viola nas músicas de Nick Fly e Northern sky (Pô, sou fã do folk inglês >:( ).

Nick era frio e melancólico, mas isso pode ser considerado normal, pois o folk em si pede uma certa melancolia. Pode ser compreendido como um country triste.

Ele foi muito religioso. Eu sabia que ele estava fazendo um álbum, mas não que já o tinha concluído até que entrou no meu quarto e disse: "Aqui está". Ele jogou-o sobre a cama e caminhou para fora. A irmã, Gabrielle.

As músicas de Nick, assim como as Bob Dylan, são muito difíceis de selecionar, pois são inúmeras (Drake também é um dos artistas que mais possui álbuns). Aí vão algumas das melhores:


• Fly (Bryter layter): É extremamente melancólica e não surpreende, mas é agradabilíssima. A letra, apesar de ser entendível, não é sensível nem imaginável.

• Northern sky (Bryter layter): Considero sua melhor canção, e uma das mais agradáveis a que já escutei. Sua letra concilia muito bem a admiração da natureza com o amor a uma pessoa. Podem conferir no vídeo deste post.

• Pink moon (álbum de mesmo nome): Também muito boa, é outra que, com sutileza, foge da melancolia. A letra pode ser facilmente interpretada como profunda por ser pequena, mas não senti tudo isso.

• Place to be (Pink moon): Não é uma super música, mas a letra é interessante e, a melancolia, agradável.

• Time has told me (Five leaves left): Que letra! Ele, sempre repetindo o título ao longo da música, soluciona vários problemas relacionais que se resolvem com o tempo, passando, assim, esperança para os que com eles sofrem. A melodia não é diferente: uma representação crua do que é o folk.

• Way to blue (Five leaves left): É a que considero mais diferente (pra bom) dentre as que citei. Melancólica e meio macabra, tem um estilo medieval. Descaracterizando-se do folk, portanto, não serve para uma reflexão. Não pode, no entanto, ficar fora de uma seleção do Nick Drake, apesar de ter a letra ruim.

• Which will (Pink moon): Também pode ser interpretada de diferentes maneiras, mas não considerei a letra profunda. Gostei mesmo foi da melodia, semelhante à Pink moon.

Northern sky. Confira (aqui, a letra) o vídeo:



São estes os melhores álbuns:

• Bryter layter: 4shared

• Five leaves last: 4shared

• Pink moon: 4shared
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A religião nua e crua


Já disse que vejo a religião apenas como uma oportunidade de criar relacionamentos com as pessoas. No entanto, é exatamente o oposto do que é realmente ensinado. O pensamento religioso nu e cru se traduz em todos se escalando (se apoiando na cabeça dos outros, pisando, quando preciso, e, de preferência, derrubando os oponentes) para alcançar um suposto alvo que estaria no alto. Claro, dizer isso seria muito forte, e ninguém gostaria que os outros soubessem que o que querem mesmo é assegurar uma vaga nos céus. Sabendo desse pensamento dos fiéis, a igreja oferece a mesma ideia que obscurecida, contornada por meio de palavras bonitas. A religião, portanto, além daquele pensamento negro, ainda apresenta falsidade.

Querem ver o que é realmente a igreja? Olhem para as músicas. Quando se canta, se fala mais por meio do coração, deixando, assim, transparecer aquilo que se sente, dificultando a omissão de algo pulsante como, no caso, a vontade de ir para o céu. Conhecem o cantor Fernandinho? Deixou escapar (ceio que foi sem querer) no meio de uma música: “Não se importe com quem está ao seu lado, olhe para cima, para o alvo!”.

Há inúmeros hinos religiosos condenáveis. Aliás, tenho certeza que há muito mais músicas santas fora da igreja do que propriamente dentro. Um exemplo perfeito é a música do Zaqueu, que não está exatamente errada, mas que faz mal à alma: “(...) Chamar Sua atenção para mim”. Poxa, não se ouve outra coisa!

Há um certo tempo, venho pensando em condenar aqui, no blog, músicas desse tipo, mas, de pensar, vejo uma lista interminável, e por isso resolvi não concretizá-la. Mas fica aí minha (pesada) crítica à religião, que, a muitos, pode fazer mais mal do que bem ao inibir os relacionamentos destes (logo discorrerei mais sobre). Veja uma excelente explicação disso no vídeo abaixo, que também serve de introdução à minha próxima postagem sobre o assunto.

 
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