Bob Dylan


Na verdade, nem precisaria falar muito deste que é meu maior ídolo, pois Bob Dylan já é famoso, um dos raros solistas que recebem o devido reconhecimento.

Robert Allen Zimmerman (isso mesmo, não tem nada a ver) é o segundo maior artista de todos os tempos, ficando atrás apenas dos incontestáveis Beatles. Fumava mais que os quatro rapazes de Liverpool juntos. Era sempre visto chapado de maconha fedendo a fumaça, fumando pontas de cigarretes pelos cantos. Foi ele quem ofereceu o primeiro baseado cigarro aos Beatles, e por isso muitos o relacionam ao fato de George Harrison ter batido as botas por causa de um câncer no pulmão, chamando-o de "Judas" por ter matado o próprio amigo =X

O universo de Dylan, visto de fora, não parece muito atraente. As (inúmeras) canções nem sempre melodiosas e a voz nasalada não o tornam muito chamativo, mas, quando se entra nele, é difícil sair. Todas as letras (sem exceção, até onde consegui ouvir) são incríveis, mais até do que as dos Beatles, posso dizer.

Consegui, creio, fazer uma seleção dessa seleção, e se destacaram os álbuns Blonde on blonde (não, não é uma "porn collection"), Highway 61 revisited e, principalmente, The freeweelin’ Bob Dylan.


• All along the watchtower (John Wesley Harding): A versão mais famosa é a do Jimmy Hendrix, e é uma das músicas mais importantes da história. Não achei tão a cara do Bob Dylan, mas é massa.

• Ballad of a thin man (Highway 61 revisited): Ficou muito interessante no filme I'm not here, quando o Dylan, interpretado pela Cate Blanchett (humm!), já tava puto cheio o suficiente do mercenário Mr. Jones.

• Blowin’ in the wind (The freewheelin’ Bob Dylan): A letra da segunda melhor música de Dylan, embora curta (o que é raro em Bob), fala muito, podendo até ser interpretada de diversas maneiras. Já a musicalidade não é tão atrativa nem agradável.

• Forever Young (Planet waves): Pense numa música perfeita pra despertar um espírito mais jovem! Sozinhas, letra e melodia são pífias. Juntas, acontece a magia Dylan! (que gay hein)

• Hurricane (Desire): Fala da história do americano Rubin Carter (que achei incrível com o filme Hurricane - O furacão, em que foi interpretado por Denzel Washington), campeão dos meio-médios que passou 19 anos preso por um crime que não cometeu. Enfim, só pelo tema já é sensacional e, como se não bastasse, a melodia também é bastante atrativa. É onde vejo a voz de Dylan se encaixar com mais perfeição.

• I shall be free (The freewheelin’ Bob Dylan): Outra narrativa implacável em primeira pessoa. Essa aqui é uma aventura cômica. Um fato que a marca é a ausência quase total de musicalidade.

• If you see her, say hello (Blood on the tracks): Identifico-me bastante com a letra, carregada de sentimento: Say for me that I'm all right, though things get kind of slow. A melodia não deixa de ser boa, mas não se destaca entre as de Dylan.

• Knockin’ on heaven’s door (Pat Garrett & Billy the kid): Bem famosa, até. É uma das minhas prediletas dele, principalmente na versão que interpreta com o inconfundível Tom Petty. As vozes parecem complementares.

• Lay lady lay (Nashville skyline): As melhores músicas de Dylan não são as de amor, são as de vida, mas as principais músicas de amor são as de Dylan! Perde apenas para os Smiths. Em contrapartida, esta aqui pode ser uma das melhores que já tenha feito. Ainda mais famosa que Knockin' on Heaven's Door, é cover de muita gente. A letra é um pouco fraca; mesmo assim, não deixa de agradar. Considero sua melhor música; só não a coloquei ao final do post porque não encontrei um vídeo com a música original.

• Like a Rolling Stone (Highway 61 revisited): Acho justa a escolha da música da madame que vira mendiga como a melhor de todos os tempos. Claramente é o apogeu de Bob Dylan, e só não é a minha predileta dele porque Lay lady lay é demais. Cheguei a sonhar com ela (!), fato restrito a esta aqui. Confiram ao final do post!

• Masters of war (The freewheelin’ Bob Dylan): É o principal hino de protestos antibélicos. A musicalidade não é de impressionar, mas gostei.

• Oh, sister (Desire): É uma das músicas mais tristes que já ouvi, onde Dylan lamenta uma área pouco ouvida (fraternidade) com uma tristeza enorme. Acho, porém, que a sonoridade não caiu como uma luva: o que ele diz é muito sério, mas na música não parece tanto.

• Sad-eyed lady of the lowlands (Blonde on blonde): Não dá pra dizer isso com certeza, mas é sua melhor letra (é como uma Blowin' in the wind estendida). Para os fãs da sonoridade melancólica, como eu, é uma beleza. Uma de minhas preferidas dentre as de Dylan e muitas de outros.

• Stuck inside of mobile with the Memphis blues again (Blonde on blonde): Cara, tô viciado nessa música desde que a ouvi pela primeira vez, no comecinho do filme baseado em Dylan I’m not here. Pensei nele, pensei em Oh, mama, can this really be the end? ;D


Um pouco do melhor da música com Like a Rolling Stone (clique aqui para ver a letra):



E para quem quiser baixar meus álbuns favoritos,

Blonde on blonde: Easy share

Highway 61 Revisited: 4shared

The freewheelin' Bob Dylan: 4shared

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