Os 100 lutadores mais influentes do UFC

Sim, e foi um ranking feito pela Nocaute que, após a Gracie Magazine e a Tatame, é a revista que melhor nos informa sobre o mundo das lutas.

Muitos lutadores não influenciam somente graças a vitórias no cartel ou à capacidade técnica, mas devido a exibições antológicas, altas doses de coragem ou uma personalidade tão marcante que o fã acaba apreciando tanto quanto técnica, o que muitas vezes é errado. Portanto, foram lembrados os atletas que ajudaram o esporte a se consolidar e o show americano a ser o sucesso que é hoje. Não confundir, portanto, com a lista de melhores lutadores, pois um Lyoto Mashida e até mesmo um Maurício Shogun estão a quilômetros de distância de um Tank Abbott, por exemplo.

PS: Sempre comecei a ler um ranking na ordem crescente, pois acho que, depois de visto o primeiro, não há mais o que ser esperado para os próximos. Por isso, assim se segue a lista abaixo.

100) Anthony Macias (EUA)

99) Steve Jennum (EUA)

98) Elvis Sinosic (Austrália)

97) Yuki Kondo (Japão)

96) Tony de Souza (Peru)

95) Vernon White (EUA)

94) Mark Hall (EUA)

93) Mike Van Arsdale (EUA)

92) Hermes França (Brasil)

91) Vladimir Matyushenko (Bielorrússia)

90) Stephan Bonnar (EUA)

89) Shonie Carter (EUA)

88) Semmy Schilt (Holanda)

87) Ikuhisa Minowa (Japão)

86) Sanae Kikuta (Japão)

85) Remco Pardoel (Holanda)

84) Paul Varelans (EUA)

83) Clay Guida (EUA)

82) Pete Williams (EUA)

81) Ricco Rodriguez (EUA)

80) Thales Leites (Brasil)

79) Caol Uno (Japão)

78) Tyson Griffin (EUA)

77) Tsuyoshi Kosaka (Japão)

76) Tra Telligman (EUA)

75) Renato “Charuto” Verissimo (Brasil)

74) Jon Jones (EUA)

73) Carlão Barreto (Brasil)

72) Jeremy Horn (EUA)

71) Sean Sherk (EUA)

70) Jeff Manson (EUA)

69) Heath Herring (EUA)

68) Guy Mezger (EUA)

67) Gerard Gordeau (Holanda)

66) Evan Tanner (EUA)

65) Genki Sudo (Japão)

64) Gary Goodridge (Trinidad e Toobago)

63) Fabiano Ilha (Brasil)

62) Fabrício Werdum (Brasil)

61) Márcio Pé de Pano (Brasil)

60) Amauri Bitetti (Brasil)

59) Pat Milenith (Brasil)

58) Kevin Randleman (EUA)

57) Kevin Jackson (EUA)

56) Wallid Ismail (Brasil)

55) Fábio Gurgel (Brasil)

54) Jerry Bohlander (EUA)

53) Eugene Jackson (EUA)

52) Dennis Hallman (EUA)

51) Ricardo “Cachorrão” Almeida (Brasil)

50) Cheick Kongo (França)

49) Cain Velasquez (EUA)

48) Dave Menne (EUA)

47) Carlos Newton (Canadá)

46) Jens Pulver (EUA)

45) Matt Lindland (EUA)

44) Bas Rutten (Holanda)

43) Josh Barnett (EUA)

42) Diego Sanchez (EUA)

41) Andrei Arlovski (Bielorrússia)

40) Mirko “Cro Cop” Filipovic (Croácia)

39) Maurício “Shogun” Rua (Brasil)

38) Maurice Smith (EUA)

37) Rashad Evans (EUA)

36) Matt Serra (EUA)

35) Murilo Bustamante (Brasil)

34) Tim Sylvia (EUA)

33) Kazushi Sakuraba (Japão)

32) Mark Kerr (EUA)

31) Mark Coleman (EUA)

30) Renato “Babalu” Sobral (Brasil) – Com mais de 40 lutas de vale-tudo nas costas, está no auge da carreira. É dono de uma artilharia pesada em pé e um leque de finalizações suaves no chão. Era um dos astros mais queridos do UFC até apagar David Heath no UFC 74, mesmo depois do americano, que o xingara antes, ter batido em desistência. Teve, por isso, seu contrato rescindido por Dana White.

29) Don Frye (EUA) – Campeão no UFC 8, foi o primeiro monstro do wrestling de nível olímpico a dominar o ringue de oito lados, abrindo caminho para os Marks Coleman e Kerr.

28) Dan Severn (EUA) – A “Besta” de 114 kg lutou pela primeira vez no UFC 4 e pela última vez no UFC 27. Mas continua na ativa, com 55 anos e 112 combates. Cadê o UFC que não o convida pra uma sensasional luta de despedida? Encara essa, Royce?

27) Quinton Jackson (EUA) – É disparado o que mais gosta de ficar nas grades. Estreou no MMA japonês no Pride 15 enquanto estava na condicional, em 2001, e recentemente foi preso em perseguição cinematográfica nas ruas de Los Angeles. Um dos mais empolgantes astros do MMA, apesar de tanta confusão.

26) Lyoto Machida (Brasil) – O homem que comprovou a eficiência do karatê aliado ao Jiu-Jítsu. Extremamente veloz e oportunista, atualmente Lyoto vem subindo de produção a cada luta, vencendo adversários como Thiago Silva e Maurício Shogun.

25) Frank Shamrock (EUA) – Estudioso e calculista, o irmão adotivo de Ken ensinou ao mundo como vencer os então temidos wrestlers desde sua primeira luta no UFC, em 1997, quando finalizou o campeão olímpico Kevin Jackson com uma chave de braço. A partir daí injetou muita ação no octagon com um estilo calcado na técnica, mas principalmente no físico: gás, muito gás para deixar os adversários no sufoco. Polêmico e decidido, deixou o UFC como campeão invicto há dez anos e nunca mais retornou.

24) Oleg Taktarov (Rússia) – Com nove participações no UFC 5, o "Urso" antecipou o estrago que o sambo (e Fedor) fariam entre os peso pesados.

23) Gabriel “Napão” Gonzaga (Brasil) – O chute alto na cabeça de Cro Cop e o conseqüente nocaute vão ficar para sempre na galeria das imagens mais incríveis do octagon.

22) Rich Franklin (EUA) – Cultuado nos EUA, o ex-professor de matemática brilhou no peso médio com uma bonita sequência de vitórias (Ken Shamrock foi uma das vítimas) e um jogo completo e ofensivo. Pode alcançar um estrelato ainda maior se parar Vitor Belfort em seu retorno, no UFC 103.

21) Forrest Griffin (EUA) – A trajetória de Griffin, hoje com 30 anos e faixa marrom de Jiu-Jítsu, ensina a importância de gerenciar bem uma carreira e escolher os eventos certos. Estreou contra a lenda Dan Severn, viajou ao Brasil para pôr seu jogo à prova no Heat e, no histórico dia 9 de abril de 2005 estava na final da primeira edição do TUF, na luta contra Stephan Bonnar que atraiu os olhares dos EUA para o esporte. Venceu. Era o lutador certo na hora certa, mas ralou pacas antes do sucesso “instantâneo” de finalizar Shogun e roubar o cinturão de Quinton Jackson.

20) Kimo Leopoldo (EUA) – O falso anúncio de sua morte no fim de julho deu uma boa dimensão da representatividade do gigante peso pesado. Pioneiro nas encenações ao entrar para lutar, foi também o mais perigoso rival de Royce no UFC 3.

19) Pedro Rizzo (Brasil) – Astro do UFC desde a estreia, em 1998, o pupilo de Ruas só encarou pedreira no octagon. A patada de Rizzo mudou o modo de lutar (ou de se defender) dos principais pesos pesados do UFC.

18) Marco Ruas (Brasil) – Revolucionou o MMA em 1995 ao apresentar uma mistura de estilos que deixava os adversários desnorteados. Foi, depois de Royce, o grande ídolo Brasileiro do UFC.

17) Demian Maia (Brasil) – O Jiu-Jítsu de competição da nova geração a serviço do MMA. Cinco finalizações nas cinco primeiras apresentações marcam o melhor início de um faixa-preta da arte suave no UFC.

16) Dan Henderson (EUA) – Um dos mais respeitados lutadores da história do MMA, Hendo, hoje com 39 anos, aliou um wrestling afiado a um espírito nocauteador para construir um cartel invejável, com várias vitórias sobre os maiores de seu tempo, especialmente no Pride japonês.

15) Vitor Belfort (Brasil) – A maior estrela brasileira do UFC no fim dos anos 90 está de volta quatro anos depois de sua última luta no Octagon. Fenômeno, Vitinho brilhou muito jovem nas grades, e tem a vitória arrasadora sobre Wand no UFC Brazil, em 1998, como um dos grandes momentos de sua carreira. Foi ídolo ou parceiro de figurões americanos como Shaquille O’Neal. Chegou a ser campeão dos meio-pesados por um semestre ao bater Randy Couture em 2006, perdendo o cinto para o mesmo depois.

14) Frank Mir (EUA) – Conhecido pelo pavor de viajar de avião, o faixa-preta de Ricardo Pires estreou no UFC em 2001 finalizando Roberto Traven. Vítima de um acidente moto ciclístico e 2004, Francisco Santos Mir mostrou-se um vencedor só de voltar a lutar. A vitória sobre Minotauro no UFC 92 recolocou este ex-campeão dos pesos-pesados entre os grandes nomes da principal categoria do Ultimate.

13) Antônio Rodrigo Minotauro Nogueira (Brasil) – Minotauro é o maior finalizador do MMA mundial (foram 20 chaves fatais), para provar que é o melhor do UFC. Continua influenciando multidões no Brasil e lá fora.

12) Wanderlei Silva (Brasil) – Wand venceu apenas duas das sete apresentações que fez até hoje no UFC, mas o estilo agressivo e nocauteador que influenciou milhões de fãs e lutadores pelo mundo também conquistou os americanos.

11) B. J. Penn (EUA) – Campeão mundial de Jiu-Jítsu na faixa-preta com poucos anos de Jiu-Jítsu, o prodígio havaiano também se transformou em ídolo rapidamente no UFC, onde começou a carreira em 2001. Após uma breve passagem por organizações japonesas, o craque de mãos rápidas e chão afiado retornou ao octagon, onde conquistou o título dos leves em 2004 e fez uma legião de fãs.

10) Matt Hughes (EUA) – Wrestler perigoso, este fazendeiro de Illinois é considerado por muitos como o mais dominante campeão da história do UFC. Dono do recorde de vitórias no Ultimate ao lado de Liddell (16), Hughes conquistou o cinto dos meio-médios em duas ocasiões e perdeu apenas uma luta entre novembro de 2001 e setembro de 2006, período em que acumulou vitórias sobre gente do quilate de St. Pierre, B. J. Penn e Royce Gracie. Chegou a ser eleito um dos 20 americanos mais durões vivos pela revista “Men’s Journal” em 2004. Hoje, com 35 anos, sente o peso da idade, mas tem certeza de que suas quedas plásticas já lhe garantiram um lugar especial na galeria dos maiores nomes do UFC.

9) Georges Saint-Pierre (Canadá) – Campeão absoluto entre os meio-médios, St. Pierre é a imagem do bom moço. Um ótimo exemplo de esportista. Wrestler, faixa-preta de karatê e de Jiu-Jítsu, ele é responsável pela popularização do MMA no Canadá, praça onde os eventos têm os ingressos esgotados em tempo recorde. Venceu 13 das 15 lutas que fez no UFC, e com seis triunfos seguidos, persegue o recorde que hoje é de Anderson Silva (aê!).

8) David Tank Abbott (EUA) – As habilidades nunca impressionaram ninguém, mas o barrigudo de 114 kg tem grande parcela de “culpa” na popularização do UFC. O jeito arruaceiro, o visual rebelde e a postura irresponsável de se apresentar acabaram por conquistar diversas gerações. Estreou com seus nocautes e mata-cobras no UFC 6, em setembro de 1995, sendo parado somente por Oleg Taktarov na grande decisão. Seus duelos contra Scott Ferrozo, Dan Severn, Don Frye e Vitor Belfort fazem parte dps grandes momentos do UFC.

7) Anderson Silva (Brasil) – Atual campeão dos médios do UFC, é considerado por grande parte da mídia americana o melhor peso por peso da atualidade. Ao vencer Thales Leites em abril, o gênio do muay thai estabeleceu o recorde absoluto de nove vitórias consecutivas no UFC (oito por finalizações e nocautes, principalmente nocautes), desbancando a marca anterior de oito pertencente a Royce Gracie e Jon Fitch. Corajoso, o paulista radicado em Curitiba ainda se aventura em categorias mais pesadas, mostrando que tem técnica de sobra. Por ser sinônimo de show nas grades, tem pagado o preço quando não atropela, ouvindo vaias da torcida.

6) Brock Lesnar (EUA) – Após estrear no MMA fazendo a última luta da noite em que Royce lutava com Sakuraba no K-1 Hero’s de 2007 (nocaute em um minuto de luta), o astro gigantesco e sem modos deu uma largada de respeito em sua carreira. Com o jeito teatral (herança dos tempos de pro-wrestling) e aliando uma incrível força física à velocidade, o lutador de 121 kg vem transformando a categoria dos pesados, outrora povoada por atletas lentos. A conquista do cinturão no UFC 100, ao enfileirar Couture e Frank Mir, ainda não foi digerida por muitos.

5) Ken Shamrock (EUA) – Um dos raros lutadores que estiveram em ação no UFC 1 e que já tinham experiência de participar de um vale-tudo na ocasião. Membro de uma das famílias mais famosas no MMA, Ken tem lugar cativo no Hall da Fama ao lado de Royce. Os dois, por sinal, fizeram uma revanche histórica de 36 minutos no UFC 5, após o Gracie finalizá-lo no UFC 1 (confira a cena no vídeo ao final da postagem). Dono de um estilo completo, o californiano apelidado de “o homem mais perigoso do mundo” viria a ser um dos símbolos dos primórdios da organização, e a torcida americana bancou seu retorno nos tempos áureos do UFC, pra comandar um dos times do reality show “The Ultimate Fighter” e nos desafios contra Kimo Leopoldo e Tito Ortiz. Um dos lutadores de MMA mais reconhecidos da história.

4) Tito Ortiz (EUA) – White já disse cobras e lagartos sobre ele, mas sabe que não dá para negar a popularidade do Bad Boy de Huntington Beach. Com um jeito falastrão, camisetas hilárias e um jogo eficiente nas grades, Ortiz é provavelmente o maior “prata da casa” do UFC. Tem, ao todo, 22 lutas como profissional do MMA, sendo 21 sob a batuta do UFC. Recentemente o wrestler se desentendeu com o chefe e ameaçou ir cantar em outra freguesia. No entanto, os laços com o octagon (e o marketing) falaram mais alto e Ortiz está de volta, como era previsível.

3) Chuck Liddell (EUA) – É considerado o “cara” do UFC pelos cartolas e a mídia americana. O cabelo moicano, o jeito de lutar espetaculoso e os oponentes duríssimos (muitos deles astros brasileiros) fizeram de Liddell o principal garoto propaganda da organização após o boom ocorrido no início dos anos 2000. Amigo próximo de Dana White, presidente do UFC, é um dos queridinhos da torcida americana. Defendeu por diversas vezes o cinturão dos meio-pesados. Protagonizou com Couture uma das grades rivalidades da história do octagon. Estreou no UFC ainda em 1998, e das 28 lutas que tem como profissional, apenas seis foram realizadas em outras organizações. Já disseram que a novela de sua aposentadoria lembra bastante a de Romário.

2) Randy Couture (USA) – É considerado o “dono da chave da cidade” em Las Vegas. Assim como Royce, Couture também está imortalizado no Hall da Fama do UFC. Foi no Octagon que o wrestler que sonhava com a medalha olímpica construiu uma carreira irretocável, tendo sido o primeiro homem a conquistar o título de duas diferentes categorias. Profissional ao extremo, mesmo aos 46 anos segue entre os tops dos pesos pesados. Foi também um dos responsáveis pela modernização do sistema de treinamento no MMA. Sua academia, a Xtreme Couture, é um celeiro de craques.

1) Royce Gracie (Brasil) – Se em novembro de 1993 o magrinho com faixa-preta e o ki mono branco tivesse perdido para a Art Jimmerson logo na estreia, talvez nenhum dos outros 99 listados aqui estivessem aí. Após enfrentar dificuldades nos EUA, Royce transformou-se no grande nome do esporte, colecionando dez finalizações inesquecíveis até o UFC 5 e apresentando a eficiência do Jiu-Jítsu para o mundo. É um dos poucos a fazer parte do Hall da Fama da organização e é obrigatoriamente citado sempre que alguém quiser contar a história do vale-tudo. Acompanhe os melhores momentos do lutador no UFC 1 no vídeo abaixo.



Publicado pela NOCAUTE #79.

1 comentários:

Anônimo disse...

só faltou o Fedor Emelianenko , e o Brock Lesnar é brincadeira esse cara nem lutador é, mas o resto tá beleza...

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