O melhor da vida


Assim como são as trevas a ausência de luz e, morte, de vida, o mal pode ser compreendido como a ausência de Deus. (Santo Agostinho)

Fugir dos propósitos de Deus é, portanto, mergulhar na escuridão. Na sociedade em que vivemos as pessoas procuram traçar seus próprios caminhos, baseadas nas suas próprias concepções do que é bom ou ruim, não permitindo a influência de Deus neles. Deixam de ir, portanto, por um caminho de luz e vida e passam a seguir um de trevas e morte. A única maneira de permitir que Deus cumpra sua vontade nas nossas vidas é deixá-lo entrar em nosso ser, entregando a vida a Ele. Mas o que realmente é isso?

Nas muitas igrejas por aí afora se prega que é levantar a mão, ir ao púlpito e receber uma oração, mas não tão simples assim. Se fosse dessa forma, você receberia Deus indiretamente e mecanicamente, via regras e dogmas separando-o Dele. Já tive essa (infeliz) experiência e, depois de tudo, você olha para os céus e não se sente tão à vontade com Deus. Basta um contrato? Não, isso, de fato, não é aceitar Jesus.

O verdadeiro modo de deixá-lo entrar em seu coração pode até não ser intencional.

Ele entra quando você simplesmente passa a ter amor pelas pessoas.

Você sente o afago do Espírito Santo e passa a sentir que é íntimo de Deus, que não existe nada os separando. Ele está em você e você se sente Nele. Ou seja, a verdadeira forma de receber o Senhor é na vida normal, naturalmente, nos relacionando. Isso ficou fomentando na minha cabeça desde quando um pastor quis pedir a misericórdia de Deus sobre as pessoas que morreram numa igreja antes do apelo, que não tiveram a oportunidade de "aceitá-lo". Mas, se eles já estivesse amor no coração, para quê levantar a mão, mesmo que tivessem a oportunidade? Para aceitar Cristo diante dos homens? Como falei, isso deve ser demonstrado com amor àqueles que o cercam.

O problema é que as pessoas pensam na imagem - veem Deus como um homem perfeito, o máximo que alguém possa vir a ser. Para você ser filho de Deus tem de estar dentro das quatro linhas que provam que, diante dos homens, você seria como imaginam Jesus externamente. Onde está, portanto, sua principal característica, o amor? As pessoas se esquecem de que Jesus não era nem politicamente correto diante da sociedade em que vivia, provando que Deus olha o que você tem no coração!

Um dia desses, antes de iniciar a leitura de A cabana, tive um vislumbre do céu. Imaginei como seria. Lembrei-me de quem seria melhor aos olhos de Deus: o pastor que pregava na igreja e mantinha um relacionamento fechado aos membros mais ricos da instituição ou alguém amoroso que nunca disse (com a boca) "Eu aceitei Jesus". Logicamente era este! Então imaginei a glória dando lugar à serventia e à humildade. Deus não é alguém que tem os pés lavados, mas que lava! Foi pensando nisso que descobri que o céu não será feito de riquezas como o ouro e a prata, moldado aos prazeres do homem carnal. Na frase bíblica: “é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus”, Rico, nesse contexto, é o homem que dá um valor às coisas materiais equivalente ao amor que deve ser atribuído às pessoas, e não aquele que as possui em excesso. Acho que pode até ser de ouro e que será, mas o ouro terá o mesmo valor que o cimento, o asfalto tem para nós.  notaremos os valores do amor e dos relacionamentos.

Trabalhar esse sentimento implica em esquecer que há um céu e que "o melhor está por vir". Quem diz "não pertencer a este mundo" verá a glória de Deus nas ruas de ouro.

Ao pensar sobre céu, inferno e o critério de Deus através dessa minha nova visão, vejo que cada um à sua maneira, por ter plantado amor pelo caminho, terá o melhor fim possível (ou impossível). Se alguém passar toda a vida adorando Maomé ou sendo ateu (Deus é muito, mas muito diferente do que as pessoas dizem por aí, e a leitura de A cabana nos traz isso. Se dizer ateu não é, necessariamente, não acreditar em Deus, mas nessa figura que todos têm em mente), por exemplo, não deixará de ser salvo, se ele, como já disse, tiver amor no coração, exalando na vida um perfume suave às narinas de Deus. Foi a maneira dele de aceitar a Jesus, aquilo em que acreditou. Logicamente que, a cada um em seu tempo, Deus se revelaria (na eternidade, Ele agiria conforme o melhor momento para nós).

Um dos momentos de maior alegria dos meus últimos dias foi quando fui correspondido em minha ideologia pela música Love is not a fight, de Warren Barfield. Segue-se, portanto, a letra e o vídeo da música. Send it on, cantada por um combinado de amigos da Disney, também me chamou muito a atenção. Clique aqui, caso queira dar uma olhada.

Love is not a place
to come and go as we please
It's a house we enter in,
then commit to never leave


So lock the door behind you
Throw away the key
We'll work it out together
Let it bring us to our knees


(Chorus)
Love is a shelter
in a raging storm
Love is peace
in the middle of a war
And if we try to leave,
may God send angels to guard the door
No, love is not a fight,
but it's something worth fighting for


To some love is a word
that they can fall into,
but when they're falling out,
keeping that word is hard to do


(Chorus)


Love will come to save us
if we'll only call
He will ask nothing from us,
but demand we give our all


(Chorus)


Love is not a fight - Warren Barfield

1 comentários:

Tarcisio Teixeita disse...

Lucas, aproveito o espaço para iniciar minha despedida, pois 2010 será o ano em que você, pelo estudo, construirá a sua despedida de Fortaleza, para alçar novos rumos.
Sucesso.

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