Grande engano, esse visual santo


Gostaria de explicar melhor o amor. Ninguém ama sozinho. É inevitável, você o faz sempre em relação a alguém. Demorei para aceitar isso, mas vejo que é mesmo verdade. O amor está, portanto, diretamente ligado ao relacionamento. Posso, então, ao mesclar esse pensamento com que foi postado anteriormente, dizer que podemos ser o “melhor” diante de Deus sem sequer falar ou pensar Nele.

A palavra de Deus diz que devemos louvar o Seu nome. Os que se importam com as aparências, porém, diriam que isso deve ser exercido na igreja. Acham que, de cantar, erguer as mãos e bater palmas ali (já tendo “aceitado” Jesus, é claro) se alcança a salvação. Alguns, até, mudam de sotaque para falar o nome de Jesus e acham que, assim, o estão honrando. Que nada! Louvar e honrar o nome de Deus não pode ser levado tão ao pé da letra assim.

Os verdadeiros louvor e honra, porém, são por nós dados quando exercemos nossa amabilidade. Não precisaríamos nem entoar cânticos a Ele, apenas o ir à igreja (onde podemos exercer nosso amor para com os outros) já é um louvor plenamente agradável a Deus. Digo com isso que a igreja é um lugar como qualquer outro, onde encontramos Deus nas pessoas, nos relacionamentos. Não estou dizendo para você deixar de participar do momento de adoração da igreja ou mesmo deixá-la, se participar de uma, pois uma das características do amor (verdadeiro louvor) é a submissão. Deus não pede que mudemos a situação, apenas que usemos do nosso amor para convivermos uns com as diferenças (embora erradas para alguns) de outros. Porém, digo que não devemos priorizá-la em relação a outros lugares, como a rua, por exemplo. Não justificaria, pois, ao negar ajuda a um faminto, dizer que se está atrasado para a igreja.

Não se deve, portanto, ir ao local de culto para resolvermos nosso próprio problema. Primeiro porque é barganha; segundo, porque não estaríamos nem aí para o amor de Deus, presente no relacionamento. Ou seja, também não faria sentido se fôssemos a uma igreja vazia.

Uma pessoa que busca ir à igreja para lá exercer sua espiritualidade tem duas personalidades: a santa e a "profana" (no pensamento delas). A primeira é exercida quando se busca alguma coisa de Deus; a segunda, no comum da vida delas (buscam cada vez mais eliminá-la, o que para mim é um erro). Digo, pois, que esta é a que se deve exercer em todos os momentos, que é a verdadeiramente “santa” diante de Deus. A outra que deve ser apagada. Tomemos Jesus como exemplo. Ele manifestava sua espiritualidade nos locais comuns, como festas e ruas. Na igreja era o mesmo, continuava emanando santidade de sua verdadeira pessoa.

2 comentários:

Anônimo disse...

Lucas,
você é muito profundo em seus comentários... adorei ler o que você escreve.
E é verdade, a nossa espiritualidade deve ser exercida em lugares comuns, já viu a frase de Santo Agostinho: "Fale de Jesus em todo lugar se preciso for, use palavras..."
Isso traduz um conceito de que nossa vida deve naturalmente evidenciar o caráter de Jesus sem que necessariamente tenhamos que estar a todo momento falando, falando, falando...
Minha canção favorita diz: Que a minha vida seja um louvor a Tí, cada momento um acorde especial, cada mês um hino novo, cada ano uma sinfonia que cante o teu amor Jesus!!!
Beijão e Parabéns.
Priscilla

Anônimo disse...

O título "Grande engano, esse visual santo", não deve confundir com "as aparências enganam". O primeiro trata de um problema almático e espiritual. O segundo trata da questão de conceitos pre-formados. O primeiro trata de algo muito comum na espiritualidade do homem. O segundo gera uma doença social visível. O autor nos passa essa visão q seja sempre o mesmo. Não mude seu jeito de adorar por causa alheias as própria vontade. Ame as pessoas dentro ou fora das paredes. Mas não as abandonem, se elas precisarem do seu amor.

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