House e a realidade


O mais impressionante sobre a série a meu ver não é nada relacionado aos casos extremamente complicados sempre resolvidos (embora nem sempre o paciente seja salvo). Sou bastante suspeito pra falar disso, porque não tenho estômago para ver muito sangue, mas estou convicto de que o melhor da série são, porém, os argumentos com que House toma a razão das pessoas sensatas nas discussões. Explica-lhes a realidade nua e crua, com palavras que geralmente não encontramos (e que não gostaríamos de ouvir). Veem-se definições para questões como vida, liberdade, realidade e qualquer outra coisa tão vinculada a nós que não a temos termos de definição.

Já vi pessoas detestarem a série por causa do protagonista, que sempre está com a razão. Mas o fato é este! Ele sempre está certo mesmo! O negócio é que House usa da realidade nua e crua, que muitas vezes dói, sendo pouquíssimo bem aceita. Não é a toa que quase ninguém gosta dele.

O fato de House sempre demonstrar descaso e indiferença não só em relação aos casos tratados e aos pacientes, mas também em relação à vida das pessoas que o cercam, porém, não condiz o pleno conhecimento que tem de realidade. Os médicos sabem que está certo no que pensa sobre e no que diz (apesar de sempre dizerem: "não acredito que você disse isso"), mas acham que já passou do ponto (“por que você é assim?”). Ponto tudo na balança, House e os outros médicos são complementares, por isso é que, em qualquer cena bonita que se vê, sempre é evidenciado o ponto forte de um deles (ou de cada um).

Alguns que conheço, inclusive, assim como alguns da série, defendem que tudo é causado pelos remédios em que é viciado. Digo que não é um efeito colateral porque, por ser um médico tão brilhante, saberia que o que está ingerindo é o causador de tudo. Mudaria de remédio, se esse surtia efeitos não desejados; é lógico que há outros para tratar a dor na perna. Ou seja, se a causa realmente for essa, digo que é louco e que quer ser assim, o que é pior. Acho que algo aconteceu e ainda será evidenciado.

Ah, e a propósito, gosto da Lisa Cuddy (Lisa Edelstein), única pessoa que exerce um certo poder  coercitivo sobre essa ignorância de House. Em compensação, é a única que nunca o deixa intrigado em relação ao que pensa e ao que faz. Talvez por conhecê-la melhor, não tendo dúvidas sobre ela... não sei; mas é verdade que todos os outros médicos e alguns pacientes (mais coerentes) conseguem deixar House mais reflexivo sobre isso (embora nunca mudado=]).

Enfim, seja por meio de exemplos, seja por meio de conceitos, veremos mais claramente a verdade na série (o escolhido dos dois, com certeza, será o mais entendível).

2 comentários:

Déborah disse...

O Dr. House é muito inteligente, mas sempre é o dono da verdade, por isso a série deixa de ser muito boa.

Mas Cold Case.. Ahhhh! Vale a pena assistir sempre que passar!

Lucas Veras disse...

Deh, concordo que a pessoa de House ñ é tão boa, mas a série em si tenta nos mostrar que esse comportamento tá errado! Se ela fosse como ele ou indiferente ao seu compotamento, saiba que a minha crítica seria a pior possível.

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